* Nem sei por onde começar esse post. Depois de respirar profundamente vou tentar escrevê-lo. E nada melhor do que começar do começo, então senta que lá vem história....
Em todo final de ano é normal que as pessoas repensem o ano que está acabando e tracem metas para o ano que virá e como não sou diferente de ninguém, isso aconteceu comigo também.
Ainda estávamos em novembro e já estava pensando em como seria 2011, no que faria, no que gostaria de conquistar.... Várias coisas passaram pela minha cabeça, mas dentre elas, uma se destacava – tenho que cuidar mais de mim. Estava bem claro na minha mente que eu precisava dedicar o meu ano de 2011 para mim mesma, para cuidar mais de mim, para cuidar mais da minha saúde e desde então tenho isso como meta para este ano.
Como vocês devem lembrar, o ano de 2011 não começou com o pé direito para mim por conta dos problemas já relatados aqui, mas com o tempo tudo se acertou e pude começar a por em prática a minha principal meta.
Inclui em minha rotina diária o uso de cremes nas mãos, pés, cotovelos e joelhos e na semanal, as hidratações no cabelo e a limpeza da pele do rosto. Passei a fazer eu mesma a minha unha (e com algum tipo de decoração) e continuei com as massagens relaxantes (semanalmente ou, no máximo, quinzenalmente). Além disso voltei a seguir a filosofia dos Vigilantes do peso, ou seja, voltei a anotar tudo aquilo que comia e a pontuar todos esses alimentos. Hoje só mantenho os cuidados com as unhas (1º dívida!).
Em paralelo a tudo isso, agendei algumas consultas médicas para tratar alguns velhos problemas. No cardiologista foi tudo bem, embora ela tenha me passado uns exames que eu ainda não fiz (2º dívida!). Os exames da ginecologista, que já entrei o ano em dívida, já estão agendados para a próxima semana. Com os resultados, tenho que levar nela – já vou considerar isso como minha 3º dívida! Quanto ao dermatologista, não dei muita sorte com o primeiro, mas gostei do segundo, que me passou um tratamento e pediu que eu voltasse depois de um mês usando os cremes (4º dívida!). Já os exames do neurologista e do ortopedista, que também já entrei o ano em dívida, já foram feitos e era aqui que eu queria chegar.
Na última segunda-feira, quando peguei o resultado desses tais exames (uma RM de crânio e outra da coluna cervical) levei um susto, pois havia a suspeita de duas doenças na RM da minha coluna cervical. Os nomes são verdadeiros palavrões e aquilo ficou na minha cabeça. No dia seguinte, logo pela manhã, resolvi colocar os tais nomes no Google e não consegui ler mais do que meia página sobre elas. Uma bomba caiu sobre a minha cabeça! Perdi o chão literalmente! Fiquei arrasada! E o pior tendo que segurar tudo àquilo sem deixar transparecer para Mamy, pois não queria que ela soubesse, pelo menos não antes de eu levar o resultado ao Ortopedista, que estava marcado para aquele mesmo dia.
Com medo de ter um treco pela rua achei por bem armar uma situação para que Mamy fosse comigo na consulta e assim fiz, mas pouco tempo depois me ligam do consultório remarcando a consulta para quinta-feira. Nossa! Quase enfartei! Fui para o quarto fiz alguns exercícios de relaxamento para a musculatura dos ombros e pescoço, e respirei profundamente várias vezes, com isso consegui me acalmar um pouco. Estava com medo da minha pressão subir – sou hipertensa né....
Com várias coisas passando pela minha cabeça, tudo ao mesmo tempo, um mix de sensações e sentimentos, e já que não ia mais ao médico naquele dia resolvi voltar ao Google e dessa vez pesquisar por imagens, nossa! Sinceramente, não foi uma boa idéia.
O dia demorou a passar. Para tudo o que eu olhava parecia que eu estava me despedindo... Nem de longe consigo descrever como foi a minha terça-feira. Finalmente caiu a noite e fui vencida pelo sono. Dormi chorando, pedindo forças a Deus. ELE para mim é TUDO!!!!!
Na quarta-feira amanheci mais confiante. Deus tinha me reconfortado! Logo cedo passei a mão no telefone e liguei para o salão – marquei uma limpeza de pele e um corte de cabelo. Já tinha agendado para esse dia um horário no podólogo. Fui nos dois lugares.
O dia se arrastou, mas foi até bom. Aproveitei para refletir bastante e, dessa vez, não de forma melancólica, mas de forma prática e objetiva. Voltei a colocar na minha cabeça o desejo, a vontade e a necessidade de cuidar de MIM, independente da vida corrida, dos problemas meus e alheios, do trabalho, do curso, de grana, de tudo..... Eu não tenho preço! Sou única! E não tem dinheiro no mundo que valha mais.
Por sorte a consulta estava marcada para quinta-feira de manhã. Amanheceu o dia e lá fui eu. Estava nervosa, apreensiva, com medo, angustiada, mas esperançosa. Tenho fé! Cheguei uma hora antes do horário agendado e a espera foi longa. Fui atendida vinte minutos após o horário marcado, mas aguardei de cabeça erguida.
A médica é uma velha conhecida da família. Passada a tricotagem (ehehe), começamos a falar de mim e fui logo comentando que estava levando para ela o resultado de uma RM e que não tinha gostado nenhum pouco dele. Estrategicamente (acredito eu) ela deixou para tratar o assunto RM no final da consulta. Ela examinou minhas articulações, fez alguns testes (todos deram negativos, como tem que ser), verificou minha pressão (estava normal), me pesou (descobri que estou mais magra do que quando fui na cardiologista, no inicio do ano) e só depois fomos falar da RM. Acho que ela percebeu que aquilo estava me perturbando e ela já foi logo jogando por terra todos os monstros que estavam, durante esses três dias, perturbando minha cabeça. Ela me acalmou, me explicou tudo direitinho, no final ainda consegui rir....
Resumo da ópera: o que foi diagnosticado no exame poderia sim ter trago muitos e sérios problemas, mas durante o meu desenvolvimento. Hoje, não. É o que os médicos chamam de “achado”, mas ela me aconselhou a levar os exames no neurologista (5º dívida!), porque é ele quem cuida, especificamente, desse assunto, mas, segundo ela, ele só vai acompanhar. De tempos em tempos terei que repetir os exames (a exemplo da RM de crânio – meu 1º “achado”) para acompanhar, mas nada.... Nossa! Saí do consultório aliviada. Deus é muito bom comigo!
Esse já é o segundo “achado” que descubro e, ambos, ao acaso. Se eu poderia ter tido graves problemas na infância por conta desses “achados”, involuntários a minha vontade, e não tive, porque vou, de forma voluntaria, criar problema para mim?! Esse questionamento começou a martelar em minha mente de forma tão intensa que decidi me empenhar mais, e mais uma vez, e quantas vezes necessárias forem, a emagrecer. Tá, tá bom.... Falando assim parece que a pessoa escolhe ser gorda ou não, quando sabemos que não é bem assim, não é verdade. Mas também sabemos o que precisamos fazer para perder peso e nem sempre fazemos, nem sempre nos dedicamos, nem sempre somos fortes o suficiente para dizer “não, obrigada”... Mas se eu fui forte para passar por esses “achados” tenho força e raça o suficiente para enfrentar mais esse problema também, e, principalmente, para vencê-lo. E vou!
Então decidi:
- voltar a anotar toda a minha alimentação e a pontuar de acordo com o Vigilantes do Peso. Por que insisto no VP? Porque já fiz e deu certo, então porque não tentar mais uma vez.... (6º dívida!)
- fazer pilates, que ela, a ortopedista, me recomendou (7º dívida!)
- voltar a fazer hidroginástica (8º dívida!)
- marcar nova consulta para buscar mais informações sobre o balão intragástrico (9º dívida!)
Como podem ver estou cheia de dívidas. Todas essas dívidas são minhas comigo mesma. Pretendo e vou cumpri-las – uma a uma....
E com a ajuda d’ELE vou vencer!
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