sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Peso Emocional - O que pesa mais: o corpo ou as emoções?
Por Laura Cavalcanti, psicóloga*

Emagrecer é muito mais do que eliminar peso corporal. Não basta ter vontade. O emagrecimento está infinitamente ligado aos processos psíquicos e vivenciais. Todo desenvolvimento acontece nas relações, portanto, o corpo não pode ser excluído dessa grande dimensão da expressão humana. Nossas alegrias, tristeza e angústias constroem a nossa história e ajuda a definir o caminho oscilante do corpo que ganha e perde peso segundo nossas experiências relacionais.

Na maior parte das vezes, o foco de atenção permanece rígido em direção ao corpo concreto, exigindo sua mudança imediata apesar da constatação periódica do insucesso estratégico sobre o foco definido. Como resultado, recaímos sobre um caldo de ansiedade que nos torna refém de uma exigência intrínseca e ilusória onde o corpo assume o dever de ser magro, independentemente de suas emoções.

Quem já não ganhou ou perdeu peso emocional? Esse dado informativo, certamente percorre o currículo íntimo de cada um de nós. O corpo responde as emoções e oscila junto com elas. Sendo assim, é preciso identificar as razões que nos remete a esse quadro, pois do contrário, qualquer tentativa para perder peso, somente afasta o peso e não o elimina. A representação simbólica permanece dando notícias através do corpo e apelando ao seu dono o cuidado mais profundo a respeito do que realmente está pesado.

Lembrar que não somente as emoções ditas negativas são os vilões da distorção corporal. Lidar com todo um espectro emocional é exercício diário, pois demanda a capacidade de discernir e traduzir as emoções em forma de sentimentos passíveis de serem administrados. Quando não traduzidos, ou seja, quando não percebidos, identificados e nomeados, corre-se o risco de permanecer no campo da vulnerabilidade, tornando-se presa fácil para a tão conhecida exacerbação alimentar.

Comemos por ansiedade, na medida em que nos fragilizamos perante emoções não identificadas, sejam elas positivas e/ou negativas. Essa fragilidade fala de uma inabilidade para traduzir a vivência da emoção em sentimento reconhecido. Para melhor entendimento, uma sensação de alegria ou de tristeza pode nos causar desconforto pela inabilidade perceptiva. Sentimos e não sabemos o que sentimos. Algo nos retira do lugar seguro e confortável promovendo uma alteração inconsciente, criando uma ansiedade intrínseca a fim de controlar a onda de emoção. Nesse momento é importante observar o fluxo interno buscando nomeação adequada para a situação vivida. A partir daí, é possível enfrentar o sentimento, pois a emoção não tem forma, mas o sentimento oferece uma direção. Se feliz, podemos compartilhar a felicidade e assim distribuir a energia gerada de forma saudável e produtiva. Se triste, podemos também compartilhar com a intenção de dissolver a energia acumulada por conta de uma experiência desconfortável. Enfim, não importa se a emoção é boa ou ruim, o que vale é o destino que damos a ela. Na falta de uma direção, o canal para dissipar o acúmulo energético, acaba sendo pela conhecida via de conforto e alívio. Por pouco tempo, é lógico! Recorremos à comida na intenção de encontrar um ponto de equilíbrio entre a fragilidade do que vivemos e a inabilidade do que somos capazes de administrar.

Ganhar ou perder peso depende muito da nossa trajetória enquanto ser humano e de todo aprendizado sobre as experiências relacionais. Pensando assim, vale questionar: o que pesa mais, o corpo ou as emoções?

*Laura Cavalcanti é psicóloga com formação em Transtornos Alimentares e Obesidade, Psicoterapia Breve, Psicologia Hospitalar, Teoria e Clínica Psicanalítica, Análise Existencial e Relaxação Terapêutica. Criadora e fundadora do Projeto EMAGRECER DÓI? EMAGRECER DÓI? - Grupo de Apoio Emocional, que atende pacientes com dificuldade de emagrecimento.

Fonte: Bem Leve

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sardinha

A sardinha é um peixe que pertence à família Clupeidae e tem um nome científico Sardina pilchardus. Geralmente de pequenas dimensões (10-15cm de comprimento), caracteriza-se por possuir apenas uma barbatana dorsal sem espinhos. Na sua composição apresenta um importante lipídeo, que é o Ômega-3, característico das propriedades funcionais deste alimento.

 
PRÓS E CONTRAS

Tem sido comprovado em estudos atuais que o consumo de alimentos como a sardinha previne alguns tipos de doenças cardiovasculares por conter uma elevada quantidade de ácidos graxos essenciais do tipo ômega-3 (gordura poli-insaturada) na sua composição nutricional.

Salienta-se que o teor lipídico da sardinha varia ao longo do ano. O efeito benéfico ao nível das doenças cardiovasculares proporcionado pelo consumo deste alimento advém de:

º Diminuição dos triglicerídeos e colesterol total no sangue;
º Diminuição do colesterol plasmático LDL e aumento do colesterol plasmático HDL;
º Redução da pressão arterial de indivíduos com hipertensão leve;
º Alteração da estrutura da membrana das células sanguíneas, tornando o sangue mais fluído.
 
A sardinha apresenta ainda uma excelente fonte de proteínas completas e de alto valor biológico. Contem também o ferro, fósforo, magnésio e as vitaminas A, B, D, E e K. Uma vantagem para o consumo deste alimento é o seu preço, sendo um alimento de elevada qualidade nutricional e com baixo custo. Contudo, não é o único alimento com as propriedades benéficas descritas anteriormente. Seu consumo deve ser variado, ou seja, uma alimentação composta por sardinha e outros alimentos com equivalência nutricional, nomeadamente o salmão, a cavala, o arenque, o sável, entre outros.
 
Devemos ainda ter em atenção a forma como preparamos e confeccionamos a sardinha. A sardinha frita ou confeccionada no microondas compromete a estrutura dos ácidos graxos e as suas propriedades benéficas devido à temperatura atingida e reações químicas ocorridas. Sendo assim, deve-se dar preferência à sardinha assada ou cozida. As conservas de sardinha, por outro lado, preparam-se em óleo ou azeite, em tomate ou molho de escabeche. São geralmente de boa qualidade, embora muito mais energéticas: o seu valor, por cada 100 gramas, é de cerca de 250 kcal no caso das conservas em azeite ou óleo e de 180 kcal nas conservas de tomate.
 
LADO A LADO COM...
 
A sardinha apresenta características semelhantes a outros peixes do mesmo tipo: cavala, arenque, atum, salmão, sável, entre outros, no que diz respeito à sua funcionalidade proveniente da composição em ômega-3. Quando confrontada com a composição lipídica da carne, deve ser dada preferência ao consumo de peixe, uma vez que a carne apresenta um teor superior de gordura saturada.
 
Relativamente à composição protéica de elevado valor biológico, a sardinha assemelha-se aos outros peixes, à carne ou aos ovos, sendo que: 100g peixe aprox.= 100g carne aprox.= 2 ovos aprox.= 20g proteína.
 
COM PESO E MEDIDA
 
Para controlar o peso a alimentação deve ser equilibrada e diversificada. A qualidade nutricional dos lipídios que compõem a sardinha é fundamental para prevenir algumas das complicações que podem surgir derivadas do excesso de peso. No geral, fontes de proteína de origem marinha são mais magras e, por isso, menos calóricas que fontes de proteína provenientes de mamíferos terrestres.
 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Bebidas gaseificadas ou refrigerantes?

As famosas águas gaseificadas e aromatizadas mal chegaram ao mercado e já fazem o maior sucesso. As marcas são as mais variadas possíveis e os sabores, nem se fala! Algumas pessoas, inclusive, aderiram ao consumo dessas bebidas nas idas ao restaurante, ao clube ou simplesmente em casa, assistindo a um filminho no final de semana. Mas você já parou para pensar se o que você está bebendo é realmente uma inofensiva água gaseificada?

Eis uma grande polêmica que surgiu desde que esses produtos começaram a ser comercializados e confundiram muitas pessoas pela rotulagem imprópria no que diz respeito à caracterização da bebida. As conhecidas águas gaseificadas e aromatizadas, tão populares atualmente, nada mais são do que refrigerantes. É isso mesmo! Se você sai por aí dizendo que não bebe refrigerante, mas ingere essa bebida, sim, você bebe refrigerante!

O Ministério Público Federal moveu uma ação judicial para duas marcas que eram refrigerantes de baixa caloria, mas que, pelo rótulo, remetiam à água, confundindo o consumidor na hora de comprar o produto. As legislações vigentes no nosso país regulamentam que tanto o preparado líquido aromatizado, como o refrigerante de baixa caloria, não são considerados água e, por isso, devem ter a rotulagem adequada para não ferir o Código de Proteção e Defesa do Consumidor.

Uma alimentação saudável é aquela que possui todos os grupos de alimentos em suas devidas quantidades, respeitando as necessidades do organismo e evitando alimentos "maléficos". As Leis da Alimentação são uma estratégia excelente para viver com saúde sem deixar de ingerir esse tipo de alimento, caso você seja louco por ele! As Leis da Quantidade, da Qualidade e da Harmonia devem ser aliadas de quem busca uma vida com saúde. Ingerir quantidades adequadas de alimentos de boa qualidade e em suas proporções recomendadas é o conceito de "alimentação saudável".


Se você é apaixonado por refrigerantes e não consegue deixar de ingerir por completo, acalme-se: consumir uma vez ou outra é natural e você não precisa ficar neurótico. O importante é reduzir o máximo que conseguir, pois o hábito é que faz mal. Portanto, se você é fã dessas "bebidas do momento", saiba que elas são refrigerantes, e não simplesmente água, e, sendo assim, seu consumo deve ser reduzido, já que reduzem a absorção de cálcio pelo organismo, aceleram o envelhecimento, causam celulite e, inclusive, aumentam as chances de ter diabetes, câncer, danos musculares e outros males, segundo estudos científicos. Prefira os sucos e deixe os refrigerantes apenas para as ocasiões especiais, certo? E viva as Leis da Alimentação!


Fonte: Nutrição em foco

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Fita crepe

 

Antes de tecer qualquer comentário, quero deixar duas coisas bem claras:

 

1) Acredito que violência não resolve nada e sou totalmente contra esse tipo de atitude.

2) Sou favorável a democracia e a liberdade de opinião.

 

Como diria Zeca Pagodinho: "Cada um no seu cada um / Deixa o cada um dos outros"

 

Não confundam as coisas!

 

Mas cá pra nós houve alguns exageros nesse episódio da fita crepe, vocês não acham?! E se fosse um "Zé das Couves" que fosse atingido por uma fita crepe na cabeça? Será que ele seria atendido por uma equipe de neurologistas? Se médico plantonista e clínico geral já é difícil achar nos hospitais públicos, quem dirá neurologista.

 

Tomografia computadorizada? Nem pensar! Esse aparelho deve ser artigo de luxo nos hospitais. Pouquíssimos hospitais públicos devem ter esse aparelho e se, por acaso, possuírem,  será que estaria em funcionamento? Sim, porque ter é uma coisa, funcionar é outra bem diferente.

 

E se estivesse funcionando, será que fariam o exame na hora? No mesmo dia? Na mesma semana? Xiiiiiiiiiiiii, aí já é milagre demais né....

 

Mas vamos supor que o "Zé das Couves" seja um cara muito sortudo e tenha achado um hospital público onde tenha conseguido atendimento e que nesse hospital tivesse uma equipe de neurologistas e que tenha sido realizado o exame de tomografia na hora, vocês acham que ele poderia ser dar ao luxo de suspender todos os seus compromissos profissionais por conta de uma fita crepe? Será que seu chefe iria entender? Ou será que seu emprego estaria em risco? Talvez se ele tivesse aberto a cabeça, levado ponto, ele não pudesse faltar ao trabalho. E depender de INSS? Xiiiiiiii, deixa quieto!

 

Vale lembrar o texto de um dos artigos da Constituição da República Federativa do Brasil, que fala: "Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição."

 

Ele deveria ter aproveitado que está em campanha eleitorial e ter ido buscar atendimento num hospital público para ver de perto, pelo menos um pouquinho, o que sofre e como é tratado o nosso povo por esse Brasil a fora.

 

Esse é o Brasil!

 

País das ambiquidades!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Alimentação sem carboidrato é a melhor saída?

Você com certeza já ouviu falar ou mesmo já experimentou a dieta das proteínas, certo? É tentador para quem quer emagrecer saber que existe a possibilidade de emagrecer rápido, podendo comer carnes, leite e derivados, ovos, bacon e outros alimentos ricos em proteínas e gorduras.
 
Sendo o único sacrifício, deixar de comer o carboidrato. Quantos não pensaram assim: Ah, será apenas por um tempo!
 
Realmente é possível ter o resultado desejado, pois o carboidrato é primeira fonte de energia utilizada para o corpo, excluindo ou diminuindo o consumo desse nutriente, o organismo passa a utilizar a proteína e a gordura como energia, alterando o metabolismo dos carboidratos.
 
Mas isso pode trazer muitos prejuízos a saúde. Consumir uma grande quantidade de proteína pode comprometer os rins, já o consumo excessivo de gorduras, pode elevar os níveis de colesterol e triglicérides no sangue, que leva a um maior risco de doenças cardiovasculares.
 
E se ainda não houver o consumo de legumes, verduras e frutas poderá acarretar a deficiência desses nutrientes, ocasionando outros prejuízos.
 
Para que o organismo trabalhe corretamente é preciso ter uma alimentação balanceada, com qualidade e na quantidade adequada. Restringir ou excluir o carboidrato significa comer de forma desequilibrada.
 
Sem contar que o cérebro precisa do carboidrato diariamente, então pode comprometer a integridade do sistema nervoso central também. Além disso, é comum ouvir de pessoas que já experimentaram esse tipo de dieta notarem alterações de humor, impaciência, irritabilidade e outras sensações desagradáveis.
 
Quanto a consumir os carboidratos até ás 18:00 horas, é importante que se faça o jantar de forma balanceada, já que é uma das refeições principais, por isso o carboidrato deve fazer parte. O segredo é saber a quantidade certa de consumir e fazer opções de fontes saudáveis, exemplos: arroz ou pães integrais, aveia, batata, etc.
 
Por estes motivos apresentados, pense bem antes de fazer qualquer dieta, analise se ela é benéfica a curto, médio e longo prazo e se o seu resultado será bom para sua estética e saúde. Talvez perceberá que não é a melhor saída tirar o carboidrato.
 
Por: Roberta dos Santos Silva - Nutricionista-chefe do programa Cyber Diet, formada pela Universidade Católica de Santos CRN-3 14.113
 
Fonte: Cyberdiet

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Frutas, verduras ou legumes? Desfazendo a confusão!

Muitas vezes nos confundimos quanto à terminologia adequada para designar produtos de origem vegetal. A variedade desse grupo de alimentos é imensa, sendo que alguns têm apenas ocorrência local ou regional. No Guia Alimentar Para a População Brasileira, o Ministério da Saúde, baseado nas definições de Philippi, 2003, publicou a definição de frutas, verduras e legumes.

Legumes e verduras são as plantas ou parte delas que podem ser destinadas ao consumo humano. As partes mais usualmente consumidas são os frutos, caules, sementes, tubérculos, folhas e raízes. Quando a porção comestível do vegetal são as folhas, flores, botões ou hastes utiliza-se a terminologia verdura. Já, quando os frutos, sementes ou partes que se desenvolvem na terra são consumidos, a nomenclatura correta é legume. Fruta é a parte polposa que rodeia a semente de plantas que possui aroma característico, sendo rica em suco, com sabor adocicado.

Seguem exemplos de cada categoria:
- Verduras: acelga, agrião, aipo, alface, almeirão, brócolis, chicória, couve, couve-flor, escarola, espinafre, mostarda, repolho, rúcula, salsa e salsão.
- Legumes: cenoura, beterraba, abobrinha, abóbora, pepino, cebola.
- Frutas: acerola, laranja, tangerina, manga, limão, mamão, banana.

Mas, e as leguminosas? Quem são? Trata-se de outro grupo que, ao contrário das frutas, verduras e legumes, nos fornecem boa quantidade de proteína de origem vegetal. São elas: feijões, ervilha, lentilha, grão de bico e soja!

Mesmo que nos confundimos de vez em quando, estes alimentos, independente de como chamamos, são essenciais para a manutenção do nosso equilíbrio orgânico. Devem fazer parte da nossa dieta, de preferência em sua forma natural e, se possível, orgânicos.


Fonte:
SigaSuaDieta