terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Tanta expectativa pra nada

Desde sexta estava na expectativa de vê-lo, pedir desculpas e agradecer, mas só hoje consegui falar com ele. Não foi do jeito que eu queria, mas foi o que foi possível. E foi frustrante!

Para começar precisei correr para pegar o ônibus no horário dele, porque cada dia que passa tenho saído mais tarde de casa. Peguei, sentei no canto, como sempre faço, e esperei que ele entrasse. Ele pega uns 4 pontos depois de mim.

Ele entrou, me viu, me comprimentou e se sentou no banco da ponta, do outro lado do corredor, na minha direção. Putz! Não poderia ter sentado do meu lado? Facilitaria!
A minha intenção era convidá-lo para se sentar comigo, o que não fiz.

Como não tinha ninguem do meu lado, resolvi puxar conversa e comecei perguntando se foi fácil pegar condução naquele dia. E a conversa prosseguiu da seguinte forma:

Que dia?
O da chuva.
Anh, fui andando. Não estava muito longe de casa.
Eu ainda tive que esperar um pouco pela minha irmã.
Mas foram te buscar né?
Sim. Demorou um pouco e ainda tive que caminhar um pouco também, mas a Rogéria foi me buscar sim. Desculpa não ter te dado carona.
Eu deixei aquela moça no ponto e um outro rapaz. Eles iam pegar um ônibus e eu fui andando mesmo.
Nunca passei por nada igual. Estava desesperada. Não costumo andar com esse motorista mas estava doida para chegar a casa, e acabei pegando a van dele.
Também não gosto muito dele mas até ando.
Não sei se você é sempre calmo assim mas o fato é que você me ajudou bastante. Obrigada!
Procurei manter a calma e ajudar aos outros. Nada demais! Só estava preocupado mesmo era com o terno. Só isso.

Fiquei passada ouvindo isso. Como pode uma pessoa num momento daquele se preocupar com um terno. Quanto custa um terno? Putz! Aí me lembrei que na ocasião ele falou do terno e do sapato mas achei que fosse sacanagem e, pelo visto, não era. E a conversa continuou:

E perdeu o terno?
Não. Já tinha pouca água quando descemos.
Que bom!

Sentou um rapaz do meu lado e paramos de conversar.

Quando fui levantar para descer, ele ainda não tinha se levantado, dei um sorriso e levantei. Levantou uma menina atrás de mim e depois ele. Descemos no mesmo ponto. Ele não fez questão de me alcançar e eu que não ia olhar para trás né. Fizemos o mesmo caminho. Eu na frente e ele atrás. E foi isso...

O que eu senti? Nem sei explicar! Fiquei tão passada com a falta de sensibilidade dele e com o "tumtitum" que ele estava ouvindo, e alto no fone de ouvido, àquela hora da manhã, que nem sei. Senti um alivio. Não doeu. Estranho!

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