segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

1º mico do ano


Hoje, tendo chegado a hora do almoço, juntei minhas coisas e fui almoçar. Fui sozinha!
Como estava chovendo, achei que uma massa cairia bem e decidi ir ao Spoleto, mas a fila estava grande e resolvi procurar outro local para almoçar. Parei no Zabor, um restaurante a quilo, que tem um preço legal e bastante variedade. Fiz meu prato e me sentei para comer. Comi tranquilamente!
Ao terminar de comer, já pegando minha bolsa para me levantar da mesa, para pagar a conta e voltar para o trabalho, me lembrei que utilizei meu cartão na sexta, em casa, e essa lembrança me veio à mente como uma bomba – será que o cartão está na carteira? Não! Não estava. E o que fazer agora que já comi?
Revirei a carteira e achei outro cartão. Cartão esse que não tenho costume de usar. Mas e a senha? Tentei lembrar, vieram vários números a mente e nada. Resolvi ligar para o banco para ouvir a senha e só fiz aumentar meu nível de estresse, porque aconteceu de tudo. Ora ligação que não completava, ora completava e caia, ora eu não me entendia com o celular novo, ora eu digitava os dados errados, ora eu não escutava as opções em função do ruído do ambiente... Quando finalmente consegui superar todos esses obstáculos escutei da atendente que não seria possível ouvir a senha do cartão porque estava ligando de um número que não constava do meu cadastro – Aí, que ódio!
Com vontade de mandar a atender se F, mesmo sabendo que ela nada tinha haver com o meu problema, respirei fundo, expliquei minha situação a ela, que me orientou a digitar os dados da minha conta, ao invés dos dados do cartão, e assim solicitar a senha. Pedi a ela para me voltar ao menu para que eu procedesse dessa forma e, acreditem, a ligação caiu. Quando fui ligar novamente descobri que meus créditos acabaram. Não! Não pode ser! É muita falta de sorte, mas é verdade.
Tenho três números de celular – um pré-pago e dois pós-pagos com bloqueio. Duas linhas estão num aparelho dual chip, com o qual não estou familiarizada porque ser novo (não tem nem uma semana que o comprei), e após todas essas ligações (18 ao todo), o único número que ainda possuía crédito estava justamente neste aparelho e nem me passou pela cabeça a possibilidade de trocar o chip de aparelho.
O jeito foi tentar a sorte com os números que me vieram à mente. Não dava mais para ver as horas passando e eu ali sentada fazendo trocentas ligações, sem sucesso.... O que consegui foi bloquear o cartão. E agora? Fudeu! O jeito foi apelar para duas colegas da empresa, que estavam na fila para pagar, muito embora não tenha intimidade com elas, mas fazer o quê. Não havia outra saída.
Com muita vergonha, muito nervosa, já chorando de tão nervosa e envergonhada, fui pedi a uma delas que pagasse o meu almoço, no que prontamente fui acolhida, tendo uma delas me emprestado R$ 20,00, que foi o suficiente para pagar o almoço e ainda me sobrou um troco, com o qual vou pagar minha passagem para voltar para casa. Sim, porque com o que eu tinha na carteira (R$ 1,75) não conseguiria nem voltar para casa.
Saí do restaurante chorando muito de tão nervosa e envergonhada. E assim fui caminhando para a empresa. Chorava tanto que chamei a atenção de um colega do setor, que voltava do almoço, e que venho ao meu encontro, me cedeu o ombro amigo e me acompanhou até a empresa. Acho que se não fosse ele teria tido um treco, sério mesmo....
Depois do sufoco, e tendo chegado a empresa, me acalmado, liguei para o banco, desbloqueie o bendito do cartão, escutei a danada da senha e me informei sobre como fazer para alterá-la, o que já fiz. Tentei sacar um dinheiro também para voltar de frescão ou de van para casa, mas como os juros são diários, deixei pra lá. Vou voltar de quentão mesmo.... Merda!
Espero nunca mais pagar esse mico!


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